Antigo shopping dos Estados Unidos se transforma em edifício com lojas e 48 microapartamentos21/2/2016 Moradores de Rhode Island, nos Estados Unidos, podem escolher morar dentro de um shopping center. O mais antigo do país, o Arcade Providence, passou por uma reforma de 7 milhões de dólares para ser convertido em um edifício misto, com lojas no térreo e 48 micro apartamentos nos andares superiores. A transformação faz parte do esforço de empresários e lojistas americanos em descobrir o que fazer com esses espaços enormes, que a cada ano se tornam menos frequentados. Paraísos das compras nos anos 1990, quando se construía em média 140 novos shoppings centers por ano no país, esses locais caíram em desuso. Para se ter uma ideia, a última vez que se inaugurou um shopping nos Estados Unidos foi em 2006. De lá para cá, muitos fecharam as portas, ameaçados por mudanças comportamentais e econômicas, como o fortalecimento do comércio online e os efeitos da recessão de 2008.
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Milhares de condomínios serão motivados a revisar a convenção para evitar processos judiciais movidos por coberturas e apartamentos térreos. Pela primeira vez, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgou um Recurso Especial que trata do costume de os condomínios cobrarem a taxa de condomínio de unidades maiores (apartamentos térreo e de cobertura) com base na fração ideal, que muitas vezes onera o proprietário ao pagamento a mais de 50% a 200% do valor que é pago pelos apartamentos tipo.
Ao julgar o recurso especial (1.104.352–MG (2008/0256572-9), o STJ determinou que o condomínio devolvesse tudo que cobrou a mais do apartamento maior, que pagava 131% a mais do valor da taxa de condomínio que era pago pelos apartamentos tipo. Viver em uma cidade com espaços inteligentes e serviços eficientes será o desafio de prefeituras, empresas e cidadãos nos próximos anos. Até 2050, estima-se que mais de 70% da população deve estar concentrada nos centros urbanos, e a expansão da urbanização nos municípios levará a uma demanda da sociedade por melhor qualidade de vida, otimização dos ambientes e desenvolvimento da economia.
Eduardo Eichenberger diretor da Global Governance, empresa especializada em estruturação e gestão de Comunidade Planejadas, participou de debate na TV Câmara sobre as relações humanas nas Comunidades Planejadas, entre outros temas. Eduardo destacou a importância das associações de proprietários em conduzir e disciplinar o convívio da comunidade e as inúmeras atividades desenvolvidas no empreendimento. " O empreendimento é um organismo vivo que se transforma ao longo do tempo para melhor ou para pior". Temos bons exemplos de empreendimentos que excederam as suas projeções de sucesso e valorização e se transformaram em verdadeiros "cases" por eleger a excelência em sua condução. Também, não faltam exemplos de bons projetos que não alcançaram ou sustentaram o sucesso e valorização por não receber a atenção necessária e competente de seus desenvolvedores e/ou posteriormente por seus ocupantes ao longo do tempo. Um bom projeto atrai o interesse dos compradores, porém, será a qualidade da gestão ao longo do tempo que constituirá a imagem do empreendedor, a harmonia e a contínua valorização do patrimônio. À medida que os recursos tecnológicos evoluem, vemos as empresas cada vez mais dependentes da Tecnologia da Informação (TI) para manterem seus processos de negócio em constante aperfeiçoamento. Dentre esses processos, a gestão empresarial está no topo, exigindo uma nova postura por parte das organizações, mais transparente e responsável. Transparência e responsabilidade, juntamente com equidade e prestação de contas, são os princípios da Governança Corporativa, isto é, o conjunto de melhores práticas que regem a gestão da empresa. E, se a TI influencia a maneira com que as empresas gerem seus negócios, ela também impacta diretamente na Governança Corporativa. Mas quais são esses impactos? A TI organiza e automatiza processos O uso mais básico da Tecnologia da Informação nas organizações é na organização e automatização de processos. É com a ajuda da TI que os processos são alinhados, os fluxos comunicacionais são agilizados e produtividade é aumentada. É também por meio da TI que o conhecimento organizacional é compartilhado entre todos os stakeholders da organização, mantendo-os a par das atividades da empresa, dos seus objetivos e resultados. Nesse sentido, a TI contribui para que a organização atinja os princípios de transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade preconizados pela Governança Corporativa, uma vez que torna os processos mais claros e transparentes, permite um controle maior sobre os resultados do negócio, compartilha esses dados e informações com todos e nivela o conhecimento na empresa. A TI alinha pensamentos, condutas e estratégias Para que a empresa tenha êxito na Governança Corporativa é preciso que todos tenham um entendimento compartilhado sobre quais são os objetivos organizacionais a curto, médio e longo prazo e trabalhem em conjunto para conquistá-los. Mais uma vez a TI exerce um papel importante para esse alinhamento, já que estabelece os parâmetros de gestão, traduzidos em mapas estratégicos e indicadores de desempenho que norteiam as ações de todos. Ademais, a Tecnologia da Informação estimula a transparência de ações por meio do compartilhamento do conhecimento gerado, entregando aos stakeholders organizacionais uma visão abrangente sobre a performance da empresa ao longo do tempo. A TI contribui para elevar a credibilidade da empresa frente ao mercado Como instrumento de gestão que visa facilitar o entendimento dos diversos cenários mercadológicos em que a empresa está inserida, a TI contribui para elevar a credibilidade da empresa frente ao mercado à medida que torna os dados e informações de negócio mais confiáveis. Com um bom sistema de gestão estratégica a empresa é capaz de avaliar constantemente seu próprio desempenho, mensurar seus resultados e com isso traçar novas estratégias de acesso ao mercado de capitais, levando aos acionistas e investidores propostas de valor. Através da TI a empresa também é capaz de identificar com maior precisão os riscos organizacionais a que está exposta e com isso traçar planos de ação para mitigar esses riscos, o que aumenta sua estima frente aos stakeholders e abre portas para novas oportunidades de negócios. A TI gera mais valor para o negócio O objetivo global da Governança Corporativa é gerar valor para o negócio, o que pode ser conseguido com muito mais eficácia se houver o suporte adequado, isto é, a presença da tecnologia certa. A geração de valor para uma empresa vem de diversas frentes, como a produtividade dos funcionários, a diferenciação de produtos e serviços no que tange à concorrência, na agilidade da tomada de decisão, na capacidade de redução de custos para elevar a competitividade, entre outras. Em todas essas frentes vemos a aplicação direta da Tecnologia da Informação. Processos automatizados levam à maior produtividade; pesquisa e desenvolvimento de produtos e serviços estão diretamente atrelados ao uso de tecnologias; a agilidade de resposta às demandas do mercado provém de um sistema de gestão que concentre todas as informações do negócio; a redução de custos está vinculada à efetividade dos processos, e por aí afora. E o que isso significa? Que Governança Corporativa sem o apoio da Tecnologia da Informação é um fardo difícil de carregar, já que a gestão de dados, informações e recursos se torna praticamente impossível. Stratec Cresce nos EUA novo modelo de comunidade planejada com fazendas comunitárias chamado “agrihoods”11/1/2016 A frase “comunidade planejada” evoca muitas imagens, talvez uma piscina, gramados bem cuidados, cercas brancas, segurança, mas uma fazenda não está na lista. Contrariando essa imagem estereotipada da vida suburbana estão surgindo um número crescente dos chamados “agrihoods” por todos os Estados Unidos. Estes empreendimentos residenciais tem como diferencial não os inúteis e dispendiosos campos de golfes, mas fazendas comunitárias de agroecologia. De acordo com site CivilEats, existem atualmente cerca de 200 deles em todo o país. O mais recente, chamado The Cannery, foi construído no que anteriormente era o lar de uma fábrica de conservas de tomate localizada a cerca de 1,6 Km do centro da cidade de Davis, Califórnia. O empreendimento de 40.4686 metros quadrados da empresa de desenvolvimento New Home Company é considerado o primeiro agrihood a criar raízes em terras anteriormente industriais. A comunidade também é o lar de 547 casas, toda são eficientes em termos energéticos onde cada uma é alimentada por energia solar e vem equipada com tomadas de energia para carros elétricos. Isso é ótimo, iniciativas como essas precisam começar a acontecer em todo o mundo, e o fato de que alguém já fez isso mostra ao restante do mundo desenvolvido que é possível. Em vez de construir comunidades residenciais normais, por que não criar algo sustentável? Por que utilizar imensas áreas para criar inúteis campos de golfe e não fazendas que produzam alimentos? The Cannery é único por outras razões também. A fazenda comunitária de quase 30 mil metros quadrados será gerida pelo Centro de Aprendizagem Baseada em Terra, um grupo sem fins lucrativos que pretende executar programas de educação agrícola para estudantes e aspirantes a agricultores do local, além de uma operação comercial com foco em vegetais orgânicos, para abastecer a comunidade e também serem vendidos fora. Há um custo para tudo isso, é claro, pois as casas no The Cannery são vendidas entre US$ 400 mil até US$ 1 milhão. Embora o termo “agrihood” pode ser relativamente novo, o conceito não é. O conceito tem raízes que remontam a meados de 1800. A primeira comunidade planejada dos EUA, em Riverside, Illinois, tinha um ar pastoral mesclando a vida da cidade e vida no campo. The Cannery também possui uma rede de 16 km de trilhas de bicicleta, bem como uma rede de trilhas para pedestres para as pessoas para se locomoverem. A praça central oferece espaço para encontros ao ar livre, acesso a lojas de varejo e estacionamento de bicicletas coberto com lugares para usar e carregar dispositivos eletrônicos. Haverá também uma sala de aula agroecologia para aqueles que desejam aprender sobre agricultura. Além de ser um empreendimento residencial, o The Cannery servirá como um modelo de agrihood e de agricultura urbana sustentável. Quando se trata de sustentabilidade global de alimentos, é importante notar que vários cientistas concluíram e demonstraram que a agricultura biológica é a melhor e mais sustentável em todo o mundo. A União de Cientistas Preocupados diz que os cultivos transgênicos não são garantidos, como prometido pelas empresas de publicidade. Eles ainda não conseguiram produzir os rendimentos prometidos e os agricultores não estão autorizados a guardar sementes devido as patentes das empresa. Sem falar que são obrigado a gastar muito dinheiro com fertilizantes e pesticidas. O cultivo de orgânicos também é importante por causa de todos os problemas de saúde causados pelos pesticidas que incluem doenças como o autismo, doença renal, doença de Alzheimer, câncer e muito mais. Cada pessoa no planeta pode se alimentar com menos de 10 metros quadrados de terra bem gerida. Os agrihoods estão se tornando populares nos EUA por que as pessoas anseiam se conectar com a fonte de nossa comida e com a terra. É simplesmente ilógico as cidades não terem suas próprias fazendas que produzam alimentos de forma orgânica sem agrotóxicos e sem modificação genética para alimentar sua própria população. Tudo acaba vindo de outros lugares distantes, centralizando a produção em alguns lugares e isso acaba exigindo um enorme gasto de combustível para transporte dos alimentos de um extremo ao outro. As agrihoods são uma resposta sustentável para esse dilema. S.U. Veja o vídeo abaixo: EDISON VEIGA - OESP 07 Dezembro 2015 | 00:55 Em entrevista ao blog, responsável pela reestruturação de Barcelona nos anos 1990 traça um paralelo entre a cidade espanhola e o Rio de Janeiro. Entre os convidados do Congresso Internacional de Paisagem Urbana, está o economista Ferran Ferrer Viana, mestre em urbanismo comercial e presidente da empresa de consultoria World Trade Technical Consulting. Viana, que concedeu entrevista blog, foi gerente do Instituto Municipal de Paisagem Urbana e Qualidade de Vida de Barcelona e, com o objetivo de preparar a cidade para os Jogos Olímpicos de 1992, idealizou aquela que é considerada a maior campanha de embelezamento da cidade espanhola. Em sua opinião, quais as principais semelhanças e diferenças entre Rio e Barcelona, e de que maneira isso pode ser aproveitado considerando os Jogos Olímpicos do ano que vem? Ferran Ferrer Viana: A resposta para esta questão é bastante longa. Em fevereiro de 2012, tive a honra de me reunir com o prefeito do Rio, Eduardo Paes. Ele havia dito reiteradamente: ‘Barcelona é nossa inspiração e Maragall, o prefeito da Barcelona olímpica, é meu ídolo’. Passamos algum tempo revendo o projeto da paisagem urbana da cidade de Barcelona. Nessa reunião, ficaram claras as semelhanças entre as duas cidades, a começar por sua relação com o mar e seguindo por suas aspirações a sediar grandes eventos. O paralelo se repete: após a Copa de 2014, Rio sediará a Olimpíada de 2016; na Espanha, o Mundial de futebol foi em 1982 e os Jogos Olímpicos, em 1992. A atenção do Rio de Janeiro por Barcelona vem de longe, especialmente desde que o arquiteto Luiz Paulo Conde, conhecedor apaixonado de Barcelona, atuou como arquiteto no Rio junto ao prefeito Cesar Maia (foi secretário de Urbanismo entre 1993 e 1997) e, depois, como prefeito (entre 1997 e 2001). Foi quando se lançaram planos urbanos modelos na capital fluminense, cuja remodelação do espaço público era inspirada em Barcelona. Se existem semelhanças, é certo também que são muitas as diferenças. A mais óbvia é a estrutura insuficiente do Rio para o tráfego e a escassez de transporte público – inclusive, sem metrô para lugares estratégicos, como o aeroporto e os terminais marítimos. Esperamos que os Jogos Olímpicos tragam soluções para este e para outros problemas do espaço público e das relações da sociedade com ele. O Rio é um exemplo de boas condições climáticas e paisagísticas; agora tem de aproveitar a Olimpíada para torná-las sustentáveis – e se tornar uma cidade inclusiva e não fragmentada. Qual o principal legado urbanístico deixado por uma Olimpíada? F.F.V.: A regra 14 da Carta Olímpica estabelece o objetivo de “promover um legado positivo dos Jogos Olímpicos para as cidades-sede e os países anfitriões”. Mas a verdade é que tal legado depende de uma boa gestão: é preciso encarar a Olimpíada como uma desculpa para construir uma nova realidade urbana por meio da participação coletiva dos cidadãos. Sem entrar em detalhes, há cidades que fizeram isso bem; outras, não. Em Barcelona, os Jogos Olímpicos serviram para consolidar um plano de reabilitação urbana que vinha sendo pensado por quase 150 anos, com a recuperação da orla costeira da cidade. Ali, o evento deixou um legado para o espaço público e para a mobilidade de todos os seus habitantes. De que maneira cidades que não são a sede dos Jogos, mas que também terão alguns eventos, como São Paulo, podem se aproveitar, urbanisticamente, dos Jogos Olímpicos? F.F.V.: Li que o estádio Arena Corinthians será sede de dez partidas de futebol durante a Olimpíada. Em todo caso, na minha opinião, São Paulo será uma referência apenas temporária – em um estádio recém-construído, que não espera qualquer processo de renovação urbana ou outra participação coletiva. No caso de Barcelona, a marca urbana da cidade é outra após 1992… F.F.V.: Evidentemente, graças aos Jogos Olímpicos, Barcelona consolidou uma marca própria, algo de que não dispunha anteriormente. Hoje, Barcelona é uma marca global, com grande capacidade de sedução. Os 7,5 milhões de turistas que visitaram a cidade durante o último ano são a maior prova disso. Mas Barcelona não é apenas um destino turístico de ordem mundial. A cidade é também reconhecida como um local dinânimo e vibrante, inovador e criativo. Muito embora a percepção superficial ainda se centre no patrimônio arquitetônico de Gaudí, felizmente recuperado, ou no futebol do Barcelona. A campanha ‘Barcelona, posa’t guapa’, sobre a qual conversaremos no congresso em São Paulo, foi criada há 30 anos, com base nos esforços coletivos de cidadãos, empresas, mídia, associações, etc. Mas o “bonito” de seu slogan não deve induzir a erro. Se Barcelona continua a ser uma cidade cívica, plural e verdadeiramente harmoniosa, e começa a perder-se em sua pequenez de todos os dias, pode terminar se convertendo em outra cidade mais “bonita”. Com todos os inconvenientes que a massificação turística começa a trazer consigo. Barcelona é uma cidade vista como criativa e plural, mas é também um local com caráter fortemente cívico; é uma cidade responsável e respeitosa, uma cidade que soube atuar na recuperação de sua paisagem urbana e de seu espaço público, por meio de uma parceria público-privada exemplar. Premiada iniciativa da Associação de Moradores em Liverpool ao revitalizar espaço urbano abandonado.29/12/2015 Grupo de arquitetos e designers ingleses que, ao revitalizar espaços urbanos abandonados, está atraindo os olhares da cena artística europeia Revista Bamboo Causou alvoroço no meio artístico inglês o anúncio, em maio, de que o coletivo de arquitetos e designers Assemble concorreria ao prêmio Turner, a principal láurea da arte britânica - agora, em dezembro, o grupo foi confirmado vencedor. Nos 31 anos da premiação, nunca uma proposta de natureza arquitetônica tinha sido sequer indicada. Entretanto, como o jurado Alistair Hudson afirmou, “em uma época em que tudo pode ser arte, por que não um conjunto habitacional?”. Ele se referia ao Granby Four Streets, projeto do grupo londrino Assemble, composto por 18 pessoas na faixa dos 30 anos. Abandonada pelo poder público na década de 1980, essa área de Liverpool ficou sem vitalidade por anos, depois que famílias e comerciantes desocuparam casas e lojas. A marcha de progressiva degradação reverteu-se nos últimos quatro anos, quando a associação de moradores tomou para si a incumbência de transformar as quatro ruas de Granby. Desde estão, estão reformando dez residências vazias que antes pertenciam ao município, remodelando espaços públicos e qualificando moradores (a mão de obra para essas transformações) e comerciantes (os empreendedores que multiplicarão oportunidades de trabalho a longo prazo). Para colocar tudo isso em prática, era necessária uma equipe que organizasse essas intenções, permanecendo prolongadamente no bairro para conversar com cada morador, treinar trabalhadores e pôr a mão na massa. Esse foi o trabalho do Assemble. Leia a matéria completa na seção power arquitetura da Bamboo de dezembro, nas bancas. Por Marcus Farias
Pressa, timidez ou desconfiança. Os motivos para não saber ao menos o nome do vizinho que mora no apartamento ao lado são muitos. Mas essa integração social pode ser decisiva em uma situação de emergência, atividade profissional ou até mesmo em um novo relacionamento amoroso. É com esse objetivo que condomínios de São Paulo estão cada vez mais investindo em promoções de convívio social para melhorar a interação entre os moradores. Atividades voltadas à terceira idade, bazares, churrasco aos finais de semana, passeios em conjunto entre os moradores e jogos. Essas são algumas das atividades que condomínios paulistas adotaram para tornar o ambiente mais familiar e agradável possível. A organização dessa integração, na maioria das vezes, é feita pelo próprio síndico, que deixa de lado o perfil de gerente para assumir o papel de monitor ou recreador. A união entre os moradores, além de tornar o ambiente mais harmonioso, fortalece a atividade do condomínio, contribui para a tomada de decisões em conjunto e abre um leque de opções, inclusive, para racionalização de custos. O primeiro passo para iniciar este processo de sociabilização, no entanto, deve partir dos próprios moradores. A dica é organizar um pequeno grupo de moradores e propor ao síndico atividades que estimulem a união de todos. A partir daí a interação ganha corpo naturalmente até a adesão da maioria. Essas atividades são bastante importantes, mas é bom deixar claro que ninguém é obrigado a participar. É importante respeitar as escolhas de cada morador para que o convívio social não seja forçado. Confira as dicas que preparamos para aproximar os vizinhos:
Às vezes, se alega existir “dano moral” nesta divulgação, mas, na verdade, o que existe é simples exercício de direito, desde que razoavelmente realizada. Jaques Bushatsky
Apontar e divulgar no âmbito interno do condomínio a unidade em débito é dever do síndico. O Código Civil, ao regrar a atividade do síndico, impõe a ele prestar contas à assembleia, cobrar as contribuições e dar imediato conhecimento aos condôminos acerca de procedimentos administrativos ou judiciais. Como o síndico poderia explicar as lacunas no orçamento, decorrentes de inadimplementos, sem indicar a unidade devedora e os procedimentos que foram iniciados para o recebimento? Que razão haveria para sonegar aos adimplentes informes sobre os inadimplentes, que, na prática, findam sustentados por aqueles que pagam em dia as contribuições? Às vezes, se alega existir “dano moral” nesta divulgação, mas, na verdade, o que existe é simples exercício de direito, desde que razoavelmente realizada. O dano moral indenizável é aquele que efetivamente signifique injustificada lesão, prejuízo à vítima – como, por exemplo, quando ocorre uma cobrança indevida, o protesto de um título sem causa –, sempre devendo ser averiguadas as circunstâncias de fato. Portanto, é plenamente justificável apontar que determinada unidade é devedora, quando o é realmente. Evidentemente, a indicação de inadimplemento deve ser realizada sem estardalhaço, sem extrapolar a natural exposição, ou seja, sem excessos. Pela importância da questão, creio que é conveniente citar a jurisprudência, lembrando decisão relatada pelo desembargador Kioitsi Chicuta, do Tribunal de Justiça de São Paulo, que diz: “A revelação de devedores é obrigação e não existe prova de que o réu tenha obrado com intuito de submeter o condômino à situação vexatória. Aliás, de igual intensidade é o sentimento daquele que paga suas obrigações em dia, mas se vê obrigado a suportar no rateio da parte dos inadimplentes.” Essa decisão representa muito bem a compreensão dominante nos tribunais brasileiros. Como se percebe, foi com exatidão recordada a situação dos adimplentes, doídos obviamente ao arcarem com despesas que não são suas. Enfim, não configura dano moral a indicação no âmbito no condomínio de inadimplemento, efetivamente, existente desta ou daquela unidade. Advogado, membro do Conselho Jurídico da Presidência do Sindicato da Habitação (Secovi-SP) e coordenador do Programa Qualificação Essencial (PQE). |