Por Eduardo Eichenberger Em momentos de dinheiro curto a governança é ainda mais necessária. A escassez é a mola propulsora da criatividade e da evolução. Dentre as diversas ações que podem ser adotadas estão: a compostagem do lixo de poda das áreas verdes e jardins pode reduzir custos com transporte, descarte, adubos químicos e eventualmente gerar alguma receita. A coleta seletiva também pode gerar receita com a sucata recolhida. Ao recolher o óleo de cozinha usado se economiza na manutenção das redes de esgoto, fossas e/ou operação da ETE-Estação de Tratamento de Esgoto e gera recursos com a venda do produto recolhido às cooperativas de reciclagem. Tudo isso, sem falar dos enormes ganhos ao meio ambiente e na conscientização das pessoas. O maior consumo de energia elétrica deve ser programado para fora do horário de maior valor. A adoção de fontes alternativas de geração de energia (gás, solar, eólica, hídrica, etc.) devem ser estudadas. A instalação de componente para redução da energia reativa nos quadros elétricos também reduz valor da conta de luz e evita a queima de equipamentos. O consumo consciente da água deve ser trabalhado junto a todos. As compras dos insumos recorrentes devem ser negociadas sobre os volumes projetados para seis ou doze meses com entregas parciais programadas. Essas compras podem inclusive representar não só as necessidades da Administração mas também o consumo da comunidade. A economia de escala e de fretes trará benefícios à todos. Contratos devem ser revisados de forma crítica e reavaliados sobre sua relevância e se não há outra forma criativa de obter o serviço necessário. Olhar para os colaboradores também poderá trazer oportunidades revisando as tarefas desempenhadas. Algumas tarefas terceirizadas podem ser temporariamente reduzidas ou absorvidas pela equipe própria. Converse com a sua equipe e estimule a proposição de ideias. Até uma política para bonificação da equipe frente ao aprimoramento das atividades e economias geradas pode ser adotada. A avaliação individual de desempenho sob bases técnicas deve ser feita periodicamente. Os melhores devem ser reconhecidos e os piores reorientados ou desligados. Como se vê, a governança está em toda a parte. Perseguir a excelência deve ser um hábito a ser incorporado ao dia a dia e não só nos momentos de dificuldades. Eduardo Eichenberger Diretor da Global Governance – Assessoria e gestão de Comunidades Planejadas Foi responsável pela gestão de empreendimentos consagrados como o Condomínio Laranjeiras-RJ, Quinta da Baroneza-SP ganhador do prêmio Master Imobiliário 2013, Fazenda Boa Vista-SP e consultor para os bairros planejados Granja Marileusa-MG e Una-Pelotas-RS, entre outros. eduardo@globalgovernance.com.br
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Por Eduardo Eichenberger Ao longo das últimas duas décadas a frente da gestão de empreendimentos de destaque no cenário nacional pude comprovar que a qualidade da governança se apresenta mais crítica para o sucesso do empreendimento do que o projeto em si, seja ele o mais qualificado possível. (…”até um veículo Mercedes-Benz sem a correta conservação acaba quebrando” Álvaro Luque, Diretor Terra Urbanismo). Apesar disso, o tema governança não tem merecido, a meu ver,frente a minha vivência, o destaque e importância a qual faz jus. Um empreendimento, após o início de sua ocupação, se torna um “organismo vivo” que se desenvolve e se transforma ao longo do tempo para melhor ou para pior. Daí a importância de se estabelecer e aplicar um conjunto de diretrizes urbanísticas e normas de convivência a fim de orientar, conduzir e disciplinar o convívio daquela comunidade que se forma e as múltiplas atividades que passam a ser desenvolvidas. Temos bons exemplos de empreendimentos que excederam as suas projeções de sucesso e valorização e se transformaram em verdadeiros "cases" para o Mercado por eleger a excelência na sua condução. Entretanto, também não nos faltam exemplos de bons projetos que se perderam, ou não alcançaram, ou sustentaram o sucesso e a valorização projetados, por não receber a atenção necessária e competente por seus promotores e/ou posteriormente por seus ocupantes, ao longo do tempo.
Isso ocorre porque, de maneira geral, parte do público, seja em que classe social se encontre, não está habituado a atentar às regras que limitam a autonomia individual em favor do coletivo, sejam elas de convivência ou relativas a restrições construtivas, segurança ou outras. Contudo, tão importante quanto estabelecer os instrumentos legais que regulam a vida em comunidade, é divulgá-los e aplicá-los de forma perene e equânime, pois, outro grave problema é aplicá-los de forma diferente para cada um. Essa sim é a fórmula do fracasso e a semente da desarmonia. Portanto, tornar as regras conhecidas, respeitadas, cobradas e defendidas por todos é o caminho correto para qualquer empreendimento. A gestão bem sucedida também passa pelo estabelecimento de indicadores de performance regularmente mensurados e a aplicação de planos de melhoria contínua. Boa e farta comunicação bilateral e a transparência das ações e informações. A tecnologia da informação está aí para ser utilizada com criatividade, gerando economia. Em suma, um bom projeto irá atrair o interesse dos compradores, todavia, será a qualidade da governança ao longo do tempo que construirá a reputação do empreendedor e a qualidade do ambiente e valor do patrimônio e da região no qual está inserido. Eduardo Eichenberger Diretor da Global Governance – Assessoria e gestão de Comunidades Planejadas Foi responsável pela gestão de empreendimentos consagrados como o Condomínio Laranjeiras-RJ, Quinta da Baroneza-SP ganhador do prêmio Master Imobiliário 2013, Fazenda Boa Vista-SP e consultor para os bairros planejados Granja Marileusa-MG e Una-Pelotas-RS, entre outros. eduardo@globalgovernance.com.br
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