Para o libertário Henry David Thoreau, pai do anarquismo, o mundo ideal seria aquele em que todos nós viveríamos em perfeita harmonia, sem a necessidade de regras ou diretrizes para nos dizer como agir. Mas, na realidade, a convivência saudável em sociedade pode ser comparada a uma grande orquestra: para que a música flua de maneira harmoniosa, cada músico precisa saber o momento certo de entrar com seu instrumento. É aqui que entram as normas, regras, regimentos internos e convenções condominiais – as partituras que guiam nossa sinfonia coletiva.
Imagine-se em um baile onde não há ritmo definido. Cada uma dança seguindo sua própria música, sem se importar com os passos dos outros. Seria tumultuado e confuso, não é? As normas e regras são o ritmo que nos permite dançar juntos sem pisar nos pés uns dos outros, criando uma coreografia coletiva onde todos têm espaço para se expressar. Mais do que simplesmente seguir regras, viver em comunidade é aceitar o convite para participar de uma dança coletiva, onde cada passo conta e cada movimento contribui para a harmonia do conjunto. É entender que nossa liberdade individual ganha mais sentido quando vivida com empatia e consideração pelo outro. Assim, cada norma, cada regra, torna-se uma nota em nossa sinfonia coletiva, permitindo-nos criar uma música onde todos têm a chance de brilhar. Vamos, então, calçar nossos sapatos de dança e entrar nessa valsa com responsabilidade, respeito e, acima de tudo, muita alegria. Publicado por Eduardo Eichenberger
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